Morada do Planalto, Alagoas

No dia 13 de junho nos reunimos para orar e caminhar virtualmente por algumas comunidades no Brasil. Foi a primeira vez que realizamos esse evento online. Por isso buscamos reunir mais parceiros e pessoas que vivem nos lugares periféricos e tinham uma aproximação com o trabalho do Muda-te no país. Era o caso da Missão ALEF, organização que trabalha junto com as igrejas no bairro Felipe Camarão, em Natal (RN), e que busca por meio de uma leitura integral da bíblia e da missão incentivar que as igrejas sejam agentes de transformação nesses lugares. Caso também do Movimento Favela em Sentinela, movimento de oração pelas favelas que surgiu pensando inicialmente nas do Rio de Janeiro e tem alcançado outros lugares. A presença e o apoio deles foram importantes para a organização dessa caminhada. 

O evento aconteceu na plataforma Discord, foi mais uma maratona, como afirmou Lucas, do que uma caminhada. Foi preciso se hidratar depois. Caminhamos por 4 comunidades: Grota da Alegria, Morro da Providência, Morada do Planalto e Felipe Camarão. Três cidades diferentes: Maceió, Rio de Janeiro e Natal. Sem pausas para descanso – o que poderíamos ter considerado. 

O objetivo era mobilizar pessoas para orarem, contribuírem e irem até as zonas mais periféricas de suas cidades. Para que tivessem os olhares direcionados aos campos missionários que estão próximos dos bairros que vivemos ou até dentro deles. Como Brisa bem sintetizou, “[…] nós escolhemos o que queremos colocar em evidência e podemos buscar ter um olhar para esses locais como Jesus teve, sem fechar os olhos para a realidade”. Assim, por meio de uma condução dinâmica que envolveu imagens, vídeos, áudios de moradores e relatos pessoais foi possível perceber as diversas faces desses lugares. Pudemos ter diante de nós “[…] um lembrete cru de que o evangelho está diante de nós, bem como as pessoas que precisam conhecer este Cristo estão”, como afirmou Pedro. Foi novamente um confronto sobre o que temos feito, afirmou Laura. 

Por cremos que não podemos viver o evangelho sem praticá-lo. Por cremos que não podemos ser apáticos a injustiça porque o nosso Deus é justo e seu reino é paz, justiça e alegria é que investimos horas do nosso dia nesse evento. Na busca de que esse confronto e lembrete gerem a compreensão que Levi reforça, “a de que não dá para existir um cristianismo no qual a justiça social seja apenas algo extra e que ninguém a leva a sério”.

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